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Os Dois Lados da Questão
- Para que serve a nádega?
- Os homens vêem as mulheres de quadril grande como boas reprodutoras.
Foi a bela atriz Ana Paula Arósio que levantou recentemente a questão, quando perguntada sobre a parte do corpo que achava mais sem graça. “A bunda, que serve só para sentar, né?”, disse Ana Paula. Em homenagem à atriz, a Super foi atrás da resposta. “Anatomicamente, a bunda é um conjunto de quatro músculos que têm a função de sustentar o quadril e movimentar as pernas”, diz o clínico geral José Antônio Atta, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Como o ser humano anda em pé, essa região ficou, digamos, mais ressaltada – nos animais quadrúpedes, a bunda se mescla à curvatura natural do resto do corpo. Outra função dos glúteos – bem apontada por Ana Paula – é proteger o quadril na hora de sentar. Por ser uma espécie de almofada natural, essa é uma das regiões do corpo que mais acumula gordura. Mas o que faz da bunda uma das regiões mais comentadas é o seu simbolismo.
“Ela está associada à fertilidade e à sedução”, diz a antropóloga Mirela Berger, especialista em estudos do corpo e doutoranda na Universidade de São Paulo. “Os homens vêem as mulheres de quadril grande como boas reprodutoras. Por possuir muita gordura, a bunda também se relaciona à saúde e à prosperidade.” Não é à toa que as danças sensuais abusam do rebolado.
Fonte: Abril
Por que o brasileiro gosta de bunda?
Sidney Rezende | 12/02/2009 10h24
A pesquisadora Cristiane Nascimento reacende uma curiosidade secreta na edição de janeiro/2009 da revista de História da Biblioteca Nacional ao assinar um breve texto chamado Abundância brasileira: De onde vem a nossa preferência pela bunda?
O sociólogo Gilberto Freyre, autor de Casa Grande e Senzala, escreveu sobre o assunto para a revista Playboy. E na sua obra há inúmeras referências ao comportamento sexual da nossa gente.
Freyre conta que "não há relatos que evidenciem que as mulheres indígenas se destacavam pela protuberância de suas nádegas. Ao contrário das negras escravas, as mais avantajadas."
Reforça Cristiane Nascimento: "Aliás de acordo com o sociólogo, elas fizeram muito europeu se casar novamente só para ter a oportunidade de possuir uma mulata "arde-lhe o rabo", expressão que designava as adeptas do coito anal".
Só como registro, "as mulheres ibéricas, especialmente as portuguesas, também eram donas de grandes traseiros. A bunda brasileira é a mistura harmônica disso tudo".
Quem pretender aprofundar sobre o tema pode ampliar seus conhecimentos também lendo Barriga libertária desde Leila Diniz, de Mirian Goldenberg, professora de Antropologia Social do Museu
Nacional/UFRJ; O que é isso companheiro? , de Marcelo Scarrone; ou uma reflexão sobre a feiúra de D. Carlota Joaquina, que causava repulsa em seus contemporâneos em Feios, mas nobres, de Nívia Pombo.
Fonte: Sidney Rezende
Meu comentário no site do Sidney Rezende:
Hedy Lennon
16/08/2011 13:46:18
Também estou procurando e pesquisando tudo que é relativo á bunda e achei o artigo muito interessante, se alguém estiver procurando alguma coisa relativa ao assunto, além de fotos poderá encontrar no meu blog: femeasvip.blogspot.com/. Em breve vocês terão a resposta.
Caso o Sr. Sidney Rezende obtiver alguma resposta, por favor entre em contato. A minha pesquisa é muito séria e até um pouco complicada para fazer todas as ligações estruturais do contexto. No momento agradeço pela informação.
Comentários com a opinião do Redator...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Redundante
Quem diria, mas as nossas famigeradas nádegas femininas – a bunda, se o leitor assim o preferir, estão na crista da onda do nosso mundinho globalizado.
Não custa nada darmos uma rápida golgloda na Internet para relembramos o que significa a palavra “nádegas”: As nádegas (nádega, no singular) são as duas partes carnudas e globulares que formam a parte posterior da coxa, ou, parte dorsal traseira do tronco do corpo humano. Também chamada popularmente de traseiro, bunda, bumbum ou mesmo pelo nome dos músculos que as compõem, os glúteos, além de outros nomes populares e gírias. (Fonte: Wikipédia).
O acontecimento editorial alimentou uma inquietação pessoal nas últimas semanas. Não apenas no que diz respeito a essa sedutora parte do corpo feminino, mas por despertar um certo desgosto ao saber que o nosso querido bumbum brasileiro perdeu força.
Todos nós sabemos que ele faz parte do imaginário coletivo do povo brasileiro. Desde os tempos imemoriais, como o da chegada dos portugueses diante de índias nuas ou passando pelos requebrados de nossas mulatas nos carnavais, tudo abre espaço para a imagem quase mítica do traseiro.
Mas quão sem graça ficaram nossos glúteos femininos nesta era de Aquário. O discurso nivelador dos novos tempos surrupiou a poesia, o gracejo e as formas arredondadas de nossos bumbuns femininos. Ele ficou chato, burocrático e artificial.
Explico. Na corrida por nádegas siliconadas, malhadas, trabalhadas (me cansa tantos adjetivos!), algumas de nossas mulheres parecem ter perdido a naturalidade. O feminino cedeu lugar a masculinização. O rebolado antes singelo parece hoje ensaiado. A bunda se transformou num espaço do poder, do consumo e da sedução pré-fabricada. (Opinião do Redator, não de Hedy Lennon, concordo apenas em parte.)
O declínio do traseiro feminino não é de hoje. Começou de forma tímida com a quase ingenuidade da rainha do bumbum, “Gretchen”, ou mesmo Rita Cadillac, que com suas coreografias atraiam os olhares de muitos marmanjos em programas de auditório há duas décadas.
No embalo do “fenômeno do bumbum” vieram figuras como Carla Perez, Sheila Carvalho e o grupo É o Tchan, até deslanchar para outros nomes bem conhecidos do nosso triste e horripilante cenário artístico nacional. Já ouviu falar da Mulher Melão, Mulher Jaca e outras pimpolhas? Pois é...
Foi-se o tempo em que os bumbuns inspiravam poetas do porte de Carlos Drummond de Andrade, que certa vez escreveu: “A bunda, que engraçada./Está sempre sorrindo, nunca é trágica (...) A bunda é a bunda, Redunda”.
Sim meu caro leitor, o bumbum feminino já não é mais o mesmo. Fim dos tempos? Só o tempo dirá.
Fonte: Beleleu Beleleu
“Ela está associada à fertilidade e à sedução”, diz a antropóloga Mirela Berger, especialista em estudos do corpo e doutoranda na Universidade de São Paulo. “Os homens vêem as mulheres de quadril grande como boas reprodutoras. Por possuir muita gordura, a bunda também se relaciona à saúde e à prosperidade.” Não é à toa que as danças sensuais abusam do rebolado.
Fonte: Abril
Por que o brasileiro gosta de bunda?
Sidney Rezende | 12/02/2009 10h24
A pesquisadora Cristiane Nascimento reacende uma curiosidade secreta na edição de janeiro/2009 da revista de História da Biblioteca Nacional ao assinar um breve texto chamado Abundância brasileira: De onde vem a nossa preferência pela bunda?
O sociólogo Gilberto Freyre, autor de Casa Grande e Senzala, escreveu sobre o assunto para a revista Playboy. E na sua obra há inúmeras referências ao comportamento sexual da nossa gente.
Freyre conta que "não há relatos que evidenciem que as mulheres indígenas se destacavam pela protuberância de suas nádegas. Ao contrário das negras escravas, as mais avantajadas."
Reforça Cristiane Nascimento: "Aliás de acordo com o sociólogo, elas fizeram muito europeu se casar novamente só para ter a oportunidade de possuir uma mulata "arde-lhe o rabo", expressão que designava as adeptas do coito anal".
Só como registro, "as mulheres ibéricas, especialmente as portuguesas, também eram donas de grandes traseiros. A bunda brasileira é a mistura harmônica disso tudo".
Quem pretender aprofundar sobre o tema pode ampliar seus conhecimentos também lendo Barriga libertária desde Leila Diniz, de Mirian Goldenberg, professora de Antropologia Social do Museu
Nacional/UFRJ; O que é isso companheiro? , de Marcelo Scarrone; ou uma reflexão sobre a feiúra de D. Carlota Joaquina, que causava repulsa em seus contemporâneos em Feios, mas nobres, de Nívia Pombo.
Fonte: Sidney Rezende
Meu comentário no site do Sidney Rezende:
Hedy Lennon
16/08/2011 13:46:18
Também estou procurando e pesquisando tudo que é relativo á bunda e achei o artigo muito interessante, se alguém estiver procurando alguma coisa relativa ao assunto, além de fotos poderá encontrar no meu blog: femeasvip.blogspot.com/. Em breve vocês terão a resposta.
Caso o Sr. Sidney Rezende obtiver alguma resposta, por favor entre em contato. A minha pesquisa é muito séria e até um pouco complicada para fazer todas as ligações estruturais do contexto. No momento agradeço pela informação.
Comentários com a opinião do Redator...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Redundante
Quem diria, mas as nossas famigeradas nádegas femininas – a bunda, se o leitor assim o preferir, estão na crista da onda do nosso mundinho globalizado.
Não custa nada darmos uma rápida golgloda na Internet para relembramos o que significa a palavra “nádegas”: As nádegas (nádega, no singular) são as duas partes carnudas e globulares que formam a parte posterior da coxa, ou, parte dorsal traseira do tronco do corpo humano. Também chamada popularmente de traseiro, bunda, bumbum ou mesmo pelo nome dos músculos que as compõem, os glúteos, além de outros nomes populares e gírias. (Fonte: Wikipédia).
Capa do LP de Gretchem nos anos 80 |
Todos nós sabemos que ele faz parte do imaginário coletivo do povo brasileiro. Desde os tempos imemoriais, como o da chegada dos portugueses diante de índias nuas ou passando pelos requebrados de nossas mulatas nos carnavais, tudo abre espaço para a imagem quase mítica do traseiro.
Mas quão sem graça ficaram nossos glúteos femininos nesta era de Aquário. O discurso nivelador dos novos tempos surrupiou a poesia, o gracejo e as formas arredondadas de nossos bumbuns femininos. Ele ficou chato, burocrático e artificial.
Explico. Na corrida por nádegas siliconadas, malhadas, trabalhadas (me cansa tantos adjetivos!), algumas de nossas mulheres parecem ter perdido a naturalidade. O feminino cedeu lugar a masculinização. O rebolado antes singelo parece hoje ensaiado. A bunda se transformou num espaço do poder, do consumo e da sedução pré-fabricada. (Opinião do Redator, não de Hedy Lennon, concordo apenas em parte.)
O declínio do traseiro feminino não é de hoje. Começou de forma tímida com a quase ingenuidade da rainha do bumbum, “Gretchen”, ou mesmo Rita Cadillac, que com suas coreografias atraiam os olhares de muitos marmanjos em programas de auditório há duas décadas.
No embalo do “fenômeno do bumbum” vieram figuras como Carla Perez, Sheila Carvalho e o grupo É o Tchan, até deslanchar para outros nomes bem conhecidos do nosso triste e horripilante cenário artístico nacional. Já ouviu falar da Mulher Melão, Mulher Jaca e outras pimpolhas? Pois é...
Foi-se o tempo em que os bumbuns inspiravam poetas do porte de Carlos Drummond de Andrade, que certa vez escreveu: “A bunda, que engraçada./Está sempre sorrindo, nunca é trágica (...) A bunda é a bunda, Redunda”.
Sim meu caro leitor, o bumbum feminino já não é mais o mesmo. Fim dos tempos? Só o tempo dirá.
Fonte: Beleleu Beleleu