quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Piercing - A Enciclopédia Ilustrada 01


Piercing, um desafio, uma utilidade, um prazer ou uma loucura?


Desenvolvi este artigo porque achei que todas as informações sobre este assunto estavam muito esparsas, pouca informação havia. Pessoas desinformadas acabaram sendo necrosadas, perdendo parte ou algum membro inteiro do corpo, ou ficando cegas, ou inutilizadas para o sexo ou até mortas por infecções.


Se o seu desejo é colocar um ou mais piercings, deverá tomar muito cuidado, antes fazendo:



  1. Exames de saúde, consultando o seu médico e solicitando dele uma avaliação;
  2. Escolher com muito cuidado um (a) profissional competente que siga todos os preceitos de higiene, conhecimento e segurança;
  3. Seguir os conselhos do profissional sobre higiene e esforços até a cicatrização completa do implante; e,
  4. Tenha sempre o cuidado com a higiene e por segurança evite enroscar o seu piercing em alguma pessoa, objeto, na sua própria roupa ou cabelo, etc.



História


Embora o cultivo do piercing  como adorno corporal seja moda na sociedade contemporânea, esta prática de transformar o corpo físico, perfurando-o, com o objetivo de inserir fragmentos metálicos assépticos, é uma tradição que remonta há pelo menos 5000 anos na história da humanidade.

Historicamente ele tinha uma conotação similar à da tatuagem, no sentido de exprimir escolhas individuais, de traduzir um rito sagrado, ou de conferir status nobre a determinadas pessoas. No mundo contemporâneo ele também adquiriu outro sentido, mais estético, menos existencial, tornando-se mais um item fashion.

Um piercing com zíper. Muito fashion, não é mesmo?


Entre os habitantes da Nova-Guiné eles têm a finalidade de conceder a quem os usa as qualidades do animal do qual estes enfeites são extraídos. Eles adornam especialmente o nariz e também estão presentes na arte corporal.

Adorno utilizado pelas tribos


 Os Kayapós também recorrem aos piercings para furar as orelhas dos bebês e enfeitar o lábio inferior das crianças. Seu líder se destaca dos demais membros ao exibir, nos eventos privados, um objeto de quartzo nos lábios.

Adorno utilizado pelos índios Kayapós


A história deste adorno tem início com as primeiras comunidades e clãs das raças ancestrais. Ele estava presente nas tribos de todo o planeta, nas castas indianas,

Indianas usando piercing


 entre os faraós egípcios e legionários romanos. Nos séculos XVIII e XIX  este hábito se disseminou entre os aristocratas, porém foi relegado à obscuridade no século XX. A partir de 1970, porém, eclodiu mais uma vez através dos ícones da moda londrina e dos criadores artísticos que frequentam o circuito alternativo. Seu retorno atinge o ápice nos anos 90.

O piercing historicamente mais usado é o inserido no lóbulo da orelha; normalmente ela conferia a quem o usava o status da fortuna; hoje é o meio mais comum de exibir um objeto de adorno precioso. Os romanos acreditavam que este artefato lhe proporcionaria vastos recursos financeiros e sensualidade.

Piecing no lóbulo da orelha


No nariz o piercing passou a ser usado há pelo menos 4000 anos, no Oriente Médio, depois se disseminou pelas terras indianas no século XVI. Aí o "Nostril", como era conhecido, foi absorvido pelos mais ilustres. Desta forma este adorno ganhou conotações de status social. Nas décadas de 60 e 70 este enfeite foi importado pelos hippies para o Ocidente; nos anos 80 e 90 foi rapidamente assumido pelos punks e outras tribos. Ainda hoje preserva sua popularidade.

Piercing no nariz


O piercing utilizado na língua era muito comum entre Astecas e Maias, distinguindo os sacerdotes dos templos. Eles acreditavam que, através desta prática, poderiam interagir melhor com as divindades. Atualmente os jovens modernos continuam a adotá-lo, mesmo que seu sentido original tenha se perdido. Estes mesmos povos cultivavam o uso destes enfeites na boca e nos lábios, considerados órgãos repletos de poder e sensualidade. Por esta razão eles optavam por objetos de ouro puro.

Piercing na língua


São igualmente comuns os piercings nos mamilos, simbolizando vigor e energia, antigamente sinais de passagem para o estágio da masculinidade entre os aborígenes americanos, e moda feminina adotada pelas vitorianas inglesas em 1890; e os de umbigo, outrora valorizados no Antigo Egito, acessíveis somente aos faraós e seus familiares, e atualmente os mais usados em todo o Planeta.

Os piercings podem ser produzidos com os mais diversos metais, tais como Titânio ou Teflon, por provocarem menos reações orgânicas e, portanto, uma menor incidência de alergias ou inflamações. Apesar do que indica a história deste artefato e mesmo a crença moderna, o ouro não é o material mais indicado, pois em algumas pessoas pode produzir respostas alérgicas.

Mulher com diversos piercings unidos por cordão


Alargadores


Alargar no contexto de body-piercing é a expansão deliberada de uma qualquer cicatrizada fístula (furo na pele). Os lóbulos das orelhas são o local mais comum, assim como septos nasais, língua, cartilagens e lábio. Qualquer furo pode ser alargado até um certo ponto, sendo a cartilagem o local mais difícil e doloroso para o fazer. Alargar implica por vezes, quando há falta de experiência, cuidado e calma, o aparecimento de queloides e cicatrizes hipertróficas. Os profissionais recomendam que se alargue apenas 2 mm de cada vez após ter colocado o de tamanho mínimo (4 mm) e ainda com no mínimo um mês de tempo desde a ultima vez.

Homem com alargadores e piercings


Piercing Genital


Sexy, bonito, estiloso, prazeroso. Cada um dá um motivo para ter um piercing genital. Mas será que um acessório em um lugar tão sensível não pode ocasionar problemas?

Piecing genital masculino


Continua ... Veja o que os ginecologistas não recomendam na próxima página.


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